Terrenos no metaverso estão atraindo investidores e empresas.

Quando o Facebook mudou seu nome para Meta, no final de 2021, muita gente voltou suas atenções para o metaverso, esse mundo digital paralelo que replica as dinâmicas da vida virtual. E, é claro, que o metaverso chegou ao mercado imobiliário.

Empresas e investidores estão comprando terrenos nas principais plataformas de metaverso —como Decentraland, The Sandbox, CryptoVoxels e Somnium Space. Em fevereiro deste ano, o Carrefour anunciou a compra de um terreno no SandBox. Já o HSBC investiu em um terreno no Sandbox, de valor não revelado, para criar experiências de marca.

A única semelhança com o mercado imobiliário do mundo real está na especulação. Como essas plataformas ainda começam a se popularizar, quem garante seu espaço por lá hoje espera que o terreno se valorize no futuro, para poder revendê-lo ou alugá-lo.
Por enquanto, a compra de terrenos e imóveis nos metaversos faz sentido para empresas e artistas, que ganham mídia ao anunciarem suas novidades, podem lucrar com a exposição de suas marcas e garantir um espaço caso as plataformas realmente se popularizem no futuro.
Para pessoas comuns, ter uma casa própria no metaverso fará sentido quando as plataformas forem espaços no qual acontecerão eventos que hoje estão na vida real, como reuniões, aulas e encontros.
Para o investidor dos terrenos virtuais, no entanto, não interessa o que já é possível fazer nessas plataformas, mas as expectativas sobre o que serão no futuro.
Mesmo com a possibilidade de ganhos nas transações virtuais sem precisar se preocupar com obras e em gerenciar inquilinos, o mercado imobiliário do metaverso não deve tomar espaço do mercado imobiliário físico, dizem os especialistas.